segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Manhã sublime

O sol despertava perguiçoso, sobre o chão viam-se pegadas na branca e gélida neve. Era Fevereiro, aquele dia em que tirei o casaco e irrompi pela porta de emergência e subindo umas escadas, degrau a degrau, pacificamente entrei como se fosse única vez. Tão único, sim, aquele encontro que se marcou  às sete da manhã. Louvando e bendizendo esse dia. Sim, único, mas determinado para que o ritual se tornasse sagrado, que unisse a terra e o céu! Pensava no cântico das criaturas de Francisco tão nobre e enternecido, nas palavras pronunciadas, soletradas e com ritmo do canto melodioso e místico de se eternizar aquele momento. O Oleiro, aquele Ser, que originava sementes e plantas, expremendo da terra aquela criatura mais bela, regalando-lhe o sopro de vida. Nasceu aquela manhã sublime, diferente e nova repleta de energia misteriosa, daquele ser criatura do Criador. Fragilizava-se no horizonte rasgado de ternura e compaixão, miserável do coração infindo de ser amado.