quarta-feira, 28 de setembro de 2022

 A partir a amêndoa como peregrino!



Há pouco tempo peregrinei a Santiago de Compostela. Era Junho, passo a passo dentro de mim descobri que a iniciativa da reflexão, da descoberta, da interioridade e da purificação me levava a dizer obrigado e desculpa, enfim a agradecer e a evitar um caminho mais árduo! 

  • É tempo, de apanhar a amêndoa, descascar a amêndoa, de partir a amêndoa e por dentro saborear um fruto delicioso! O Tempo agradece e desculpa neste já Outono de descarregar as uvas e, vindimadas, saber que o que foi feito é obra do Espírito de Deus. Sempre num total serviço de disponibilidade e presença que caminha este peregrino cristão.
  • Obrigado Jesus! Obrigado meus irmãos na fé! Desculpa se o caminho foi tortuoso e inacessível...abro os caminhos da esperança como um riacho que corre até ao mar ou até ao céu infinito de Amor.... que é a caridade de tudo viver sem tudo ter, mas tudo possuir, ou se quiseres sem tudo puder, possuir nem ter. 
  • DEUS DÁ! 
  • A FELICIDADE ENORME DA PARTILHA DO EVANGELHO E ISSO BASTA! 
  • É TUDO TER E POSSUIR.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

EFFATA

Nas margens da vida, sonhamos, vivemos e amamos! Recupera-se o sentido da nossa existência quando olhamos para dentro de nós e se descobrem as razões de viver, paramos, tomamos um café e nesse instante perduram palavras e pensamentos que falamos e sentimos oblíquos a essa existência que humanamente pela fragilidade se desfaz, contudo e imprecisamente ficam as marcas do nosso passado na História do Universo.


quarta-feira, 8 de abril de 2020

COVID-19

   Sim, começou como um apelo numa mensagem recebida no telemóvel; era outra grafia que quase ninguém percebia! O tempo não parou! Foi-se alastrando e espalhando pelo mundo, pela humanidade ainda necessitada de reconciliação e união entre as nações e os povos, de todas as raças e línguas. Haveria de falar uma nova linguagem e criar novos hábitos.
   Ainda celebrei com o meu povo o dia de carnaval,... e o dia seguinte de cinzas!
   Tudo parecia estar normal. O nosso bispo começou por suspender todas as missas e celebrações que aglomerassem pessoas. Nunca nos passou tal pela cabeça isso existir! A missa das missas celebrada em particular, pessoalmente ou individualmente, cada sacerdote conforme lhe era possível. Então, começaram a ser transmitida online e em direto, para podermos, assim, não deixar o nosso povo privado da nossa oração, embora toda a comunidade estivesse reunida em casa e em família.
Sim, chegou o tempo de valorizar a família, sacralizar os espaços e esperar que tudo termine bem, "vai ficar tudo bem!" é o slogan! Mas, até quando?!... Ninguém sabe como esse covid-19, o vírus que alastrou a humanidade e a fez parar, imobilizar e refugiar cada um na sua residência. Até quando? Até quando? Um até já ou até amanhã! É um período de segurança e distancia social. De crise uma atrás da outra! É a quarentena! É o estado de emergência! É uma pandemia... Livra-nos Deus da fome, da peste e da guerra!

quarta-feira, 10 de maio de 2017

O Milagre de Fátima

O milagre de Fátima, é hoje,
o do perdão!
o milagre de Fátima, é amanhã,
o de cura!
sim é hoje, é amanhã, e foi ontem, o de reunião...
é sempre que participamos na "fração do pão"!
Sempre que,
"onde um ou dois
estiverem reunidos",
a celebrar a memória e a transmitir a fé,
que passa de sangue, e em sangue de vida,
de boca em boca, a esperança renasce de um povo
acalentado e saudoso da história passada,
que assim sendo afluente e tida.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Para iniciar o Santo Tempo da Quaresma



Começemos este tempo da Quaresma com sossego e tranquilidade, para que a memória não se apague em nós, de sermos criaturas de Deus, sim amadas, mas necessitadas de perdão, de purificação interior.
Já te confessaste? Já paraste um minuto para dar lugar a Deus? e aos outros? Qual a tua verdadeira relação com Deus? Como tens ocupado os teus dias? Como tens rezado? Como tens partilhado? Como tens renunciado a caprichos deste mundo? Vai ao blogue "eucontotucontinuas" e partilha, dá a tua opinião? Reza um bocadinho a Palavra de Deus! Mastiga-a, para saberes o que ela te tem a dizer para os próximos quarenta dias. Pára e escreve algo de útil,...deixa-te na minha memória para que eu também te possa oferecer em oração,... por ti, pelos teus, no trabalho, na escola, na empresa, no hospital, ou na aldeia mais isolada escondida nestas terras transmontanas. Que a todos chegue o eco da Palavra semeada,... então, na nova Páscoa brotarão frutos de mais Amor, de maior justiça e de mais paz que queres ver saciada.


                 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Manhã sublime

O sol despertava perguiçoso, sobre o chão viam-se pegadas na branca e gélida neve. Era Fevereiro, aquele dia em que tirei o casaco e irrompi pela porta de emergência e subindo umas escadas, degrau a degrau, pacificamente entrei como se fosse única vez. Tão único, sim, aquele encontro que se marcou  às sete da manhã. Louvando e bendizendo esse dia. Sim, único, mas determinado para que o ritual se tornasse sagrado, que unisse a terra e o céu! Pensava no cântico das criaturas de Francisco tão nobre e enternecido, nas palavras pronunciadas, soletradas e com ritmo do canto melodioso e místico de se eternizar aquele momento. O Oleiro, aquele Ser, que originava sementes e plantas, expremendo da terra aquela criatura mais bela, regalando-lhe o sopro de vida. Nasceu aquela manhã sublime, diferente e nova repleta de energia misteriosa, daquele ser criatura do Criador. Fragilizava-se no horizonte rasgado de ternura e compaixão, miserável do coração infindo de ser amado.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O despontar do sol

Depois de um Domingo, era uma madrugada, e ainda o sol não despontava. Abri a porta de casa que, ainda, estava trancada. Dirigi-me ao hospital, estava tudo planeado. Acompanhando um senhor, e que senhor! Estava, também, o motorista da ambulância e uma enfermeira de cirurgia. Dirigimo-nos para o hospital de St. António do Porto. A estrada estava circulável.
 Há trinta anos fazia o mesmo percurso na mesma direção com a minha mãe. Sorriamos, estávamos juntos, a estrada tornou-se mais próxima, mas ainda tínhamos de subir e descer o Marão. Noutros tempos, o caminho era serpenteado por curvas e contra curvas, pelos vales. Há distância, nesse tempo, já se falava de um túnel, contudo provava-se que a estrada já estava a ser construída e já era um bom acesso. Agora, no dia de hoje, esperamos esse aproximar as regiões, e seguir em frente! Havia chuva... Contrariedades, obstáculos, dificuldades que nos ajudaram a crescer e tudo o que surgir será para sermos "firmes e constantes".